terça-feira, 13 de maio de 2008

Os verdadeiros Quilombos.

A Geografia de Milton Santos está fora do meu alcance. Ainda estou nos estudos de História e Direito os quais realizo por puro prazer.
Tecnicamente ainda tenho mais um dia para posar de articulista.
Acho uma bobagem toda essa estória de Quilombolas pra cá e pra lá. Desculpe, mas comigo é no popular...
O Movimento de Direitos Humanos do Brasil é completamente equivocado. Irresistivelmente míope. Quase cego.
Começa a haver um apoio a atitudes que encorajam a baderna e tiram o real foco da questão.
Aliás, ouso dizer que o movimento de Quilombolas tem muito mais a ver com uma pseudo questão agrária do que com a efetiva proteção do direito dos negros enquanto etnia.
Direito dos negros enquanto etnia é tratar de religião, o temido candomblé.
Mas ninguém toca no assunto.
Sou católico e rezei hoje por Nossa Senhora de Fátima.
Mas isso não me impede de proteger a crença dos outros.
Às vezes é preciso um louco para dizer que quase tudo está fora dos eixos.
Isso se o maluco não for considerado realmente louco.
Desculpe o linguajar chulo. Mas a indignação é do tamanho da falta de refinamento.
Tal recurso faz-se necessário em ocasiões especiais.
Pouca gente percebe o Dia da Libertação dos Escravos.
Pouca gente percebe que os Quilombos apenas mudaram de lugar.
Hoje eles são as favelas.
Pouca gente percebe que os escravos ainda existem de modo informal.
São domésticas, garis, pedreiros, desempregados e subempregados de todo o tipo.
Todos afro-descendentes, vulgo negros.
Não, ninguém aqui quer lutar para ver brancos inseridos nestas classes sociais tão sofridas.
Pelo contrário. O que se quer ver é o fim do apartheid social inaugurado com o fim da escravidão.
Fico satisfeito ao ver negros nos Shoppings-Centers, em bons restaurantes e, principalmente, nas faculdades.
Há uma dívida social interna quase impagável.
Mas acho que soluções paternalistas não são a solução.
Não só por que cheira a demagogia racial, mas também por que focam nos efeitos das distorções sociais e não nas causas em si.
É o caso da política de cotas. Estabelecer quotas é um remendo. Um paliativo.
Algo que age sobre os efeitos e que desconsidera todos os defeitos do sistema educacional enfrentado pelo jovem negro até chegar ao vestibular.
Eis a raiz da questão.
Chega de subterfúgios. Basta de tampar o sol com a peneira.
Enquanto as Verdadeiras Comissões de Direitos Humanos não encararem as favelas como o real objeto de suas ações continuaremos a presenciar o desastre social dos neo-quilombos.
Grande Abraço.
Túlio

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